02 outubro 2009

Prenconceito - Língua de Vizinho

Poucos dias atrás conversando com um amigo também homo, ele falava que havia chamado atenção de um outro vizinho pelo fato dele está comentando sobre sua vida, chamando-o de veado e coisas do tipo. Disse que falou poucas e boas ao vizinho, que ele tinha dois sobrinhos que também eram (gays) e que não comia nem bebia a custa dele... Em fim deve ter sido um barraco. Caros amigos homossexuais, não crêem que esse tipo de discurso vá reduzir este tipo de agressão sobre nós. Há algum tempo atrás também um colega de infância fez uma brincadeira, um tanto tola comigo, ao me ver abraçado com uma amiga: ”Cara ele é bicha! Que faz ali agarrado com aquela gata?”. Esse tipo de comentário tira qualquer um do serio, mas não adiantava nada eu espernear em um caso como esse, uma pessoa conhecida há muito tempo, ir a delegacia prestar queixa não contribuiria para o crescimento dele neste sentido, e também causaria um mal estar entre nossas famílias.
Deixei tudo quieto, um tempinho depois em uma comemoração de aniversário estava lá vários vizinhos, dentre eles meu coleguinha e vários outros. Durante o bate-papo fizeram uma crítica, do mesmo tempo que haviam feito comigo, sobre outra pessoa que estava passando, aquele era o momento qeu esperava, minha deixa. Olhei para todos e disse: Amigos! Conheço esse rapaz há algum tempo, faz um trabalho voluntário com dependentes químicos, (entre os vizinhos havia uns que usavam drogas e irmão de usuários), sempre que pode, ajuda alguns idosos, creio que o exemplo dele sirva para todos nós. Existem muitos outros assuntos mais interessantes para comentarmos como: transporte público que está horrível, a segurança pública que está insuficiente na cidade, a corrupção no governo, o índice de marginalidade em nossa comunidade que tem aumentado e tantos outros.
Foi um silêncio total, então continuei: fazer comentário sobre a vida de quem não nos prejudica em nada, pelo contrario contribui, não vai melhorar nossa vida em nada, de outra forma se nos unirmos e esquecermos estes tipos de críticas insignificantes iremos contribuir para uma vida melhor para todos, até mesmo os filhos de vocês que agora tem três, quatro, cinco anos de idade, dos quais não sabemos o futuro, mas podemos ajudar para que seja melhor que o presente que temos. Bem, o cara ficou envergonhado, depois pediu desculpas. Nem o culpo por tal comentário, afinal o preconceito já está tão dentro de nós que nem observamos certos comportamentos tolos que temos no cotidiano.
Comunidade homo, pare de dizer que nossa vida não importa a ninguém, que não comemos e nem bebemos a custa de ninguém (em sociedade todos dependem de todos). Amigos heteros, nossa vida veio do encontro de dois de vocês (no geral nascemos do encontro de dois heterossexuais). Nossas vidas podem ser bem melhores, sejamos irmãos e solidários uns aos outros, sem “criticas mesquinhas”, e nossa vida sempre terá um melhor sabor.
Só pra terminar entregar a vida sexual de terceiros pra ofender alguém também é de ultima.

4 comentários:

  1. Realmente esta coisas acontecem, Não podemos controlam os pensamentos, comportamento e atutudes das outras pessoas, porém podemos controlar as nossas e responder da melhor forma possível, ou seja, dar o exemplo e faze-los cair na real de quanto estão sendo ignorantes em perder tempo com a vida de um indivíduo enquanto os interesses do coletivo são deixados de em segundo plano, tais como a política, saúde, educação, segurança e saneamento básico na comunidade em que vivem.

    Kronic

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  2. Mto bom...
    O texto nos leva a uma reflexão, inclusive de nossos atos, comportamentos, atitudes.
    Parabèns!!!!!

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  3. Muito bom o texto.
    isso acontece ate muito na rua onde eu moro.
    parabens pelo assunto

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  4. Seja otimista, sabendo que o futuro que lhe espera nem sempre é tão alegre. Continue com a vontade de viver, sabendo que a vida é em muito momento, uma lição difícil de ser aprendida.

    Ajude as pessoas, sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar esta ajuda:
    gabriel-manaus

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