22 fevereiro 2016

Meu filho é gay, que desgraça!

Vou iniciar esse texto falando que desgraça é a corrupção política, um filho assassino, doente terminal, desastre natural com vítimas, pessoa dependente química que não consegue reagir diante da vida, fome, trafico de gentes, de órgãos...
Quanto a você mãe, pai, ou familiares que não aceita a sexualidade de seu filho ou filha por ser homo, tente se perguntar o que de fato incomoda na sexualidade de seu filho ou filha? Será que não é medo do que os vizinhos irão falar? Você criou seu filho para ele ser infeliz? O que um jovem ou uma jovem precisa é orientação para que dentro da sua sexualidade não se perca em DSTs, promiscuidade...  
Se alguém fica se importando com a vida de sua familia, por ter um homo nela, não pense e nem se importe com isso, o tempo que alguém gasta falando mal de quem quer que seja é um tempo desperdiçado que essa pessoa poderia usar em benefício próprio ou da sociedade, se você se importa, se incomoda, sofre por isso é um tempo também que você poderia estar usando para seu próprio bem.
É melhor ter um filho ou filha homo que ter uma pessoa falsa e dissimulada de seu lado, se ele ou ela falou sobre sua sexualidade a você é porque tem caráter, confia em você, não gosta de se esconder falsamente, mais que tristeza você deveria ter orgulho. Caráter, limpidez no seu agir nem todos têm.
Espero que não aconteça com você, mãe ou pai que não aceita seu filho: Certa senhora que eu conheci, falou poucas e boas do filho, praguejou, falou mal, puxou os cabelos e por fim pois fora de casa por ele ser homo, depois de um tempo todos os demais filhos casaram, seguiram suas vidas, o “gay” também arrumou seu companheiro, seguiu a vida, trabalho, conquistou seu espaço. Aos poucos, mesmo sendo pisado juntamente com seu parceiro visitava a mãe que já nessa altura era viúva e velha. Pouco os filhos heteros apareciam, quando caiu doente antes de morrer o único eu estava ali ao lado era o filho “gay”, quase no fim da vida ela reconheceu o grande amor daquele filho que nunca a havia abandonado e muito a amava, o quanto tinha sido dura com ele, o erro que havia cometido por tê-lo julgado e condenado como uma aberração.

Claro que ingratidão ou gratidão independe da sexualidade, não pise em um fruto de teu próprio ventre. Nunca esqueça que você é mãe, e a maioria das mulheres que são, nunca esquecem, confie no amor que você deu a teu filho e continue praticando esse amor seja qual for a sexualidade dele ou dela, oriente para as DSTs, ao respeito, a fidelidade, a amizade, assim ele será sempre reflexo dessas virtudes que você conduziu, assim não estará garantindo uma vida feliz somente a ele, ele também será reflexo desse amor esteja onde ele estiver, pelo mundo a fora.

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