27 abril 2011

Encontro de Jovens e Adolescentes vivendo com HIV/AIDS na Amazônia

5º Encontro de Jovens e Adolescentes vivendo com HIV/AIDS em Manaus
Em um mês a RNJAVH (Rede Nacional de Jovens e Adolescentes Vivendo com HIV/AIDS) realizará na cidade de Manaus, de 26 a 29 de Maio, seu quinto encontro.
A estratégia deles é muito boa, pois na região norte o índice de infecção com o HIV tem aumentado, um encontro na região vela junto consigo a reflexão de todos sobre a temática do HIV principalmente para adolescentes e jovens. Visto que o grupo que mais é atingido pelo vírus hoje. 
É bom ver jovens de todos Brasil saírem de suas realidades locais para acompanhar em loco outras realidades existentes desse país continental, fazer novas reflexões, buscar de seus direitos e ver novas diretrizes e perspectivas para toda juventude portadora do HIV.
O Brasil tem o melhor programa de ADIS do mundo, no entanto amigos virtuais dizem que em áreas mais distantes dos grandes centros no Amazonas, onde também há muitos casos de HIV, que não há tratamento em suas cidades, por isso tem que se locomover para outras cidades, não há distribuição de preservativo, conscientização dos jovens, a contaminação vertical é grande. É preciso cobras das prefeituras coordenações municipais de HIV/AIDS que trabalhem. Quanto mais a juventude da rede conhecer essas realidades mais estará capacitada para representar e defender com maior força e consciência na sociedade a própria juventude.

Talvez pela dimensão do Estado e em muitas localidades ter acesso só através de barcos essas dificuldades ainda aconteçam, mas como temos o melhor programa de AIDS do mundo, distancia é algo fácil de ser superado. É momento para levar essa reflexão junto às autoridades competentes para olharem com carinho a realidade amazônica e suas especificidades de modo diferente das outras realidades de nossa Nação.
Parabéns e sucesso Jovens da Rede!


16 abril 2011

Diferenças entre homos (gays) e heteros (não gays) do sexo masculino

No inicio do mês de abril fui fazer um treinamento com um equipamento novo de trabalho, na hora do almoço fui até um pequeno restaurante, lá me servi e sentei na ultima mesa livre para comer, em seguida duas jovens se aproximaram e pediram para sentar junto comigo, educadamente disse que sim. Falaram de tudo e muito, até aí tudo bem, não estava ligando para o que elas diziam, quando uma delas disse: “olha esse homem lindo entrando, pena que está acompanhado de um gay”.
Rapidamente olhei para ela e perguntei, o gay te incomodou? Ela disse que não, que tem vários amigos gays, etc. Então eu questionei porque ela havia definido um dos caras como homem e o outro como gay, ela respondeu que um era gay e o outro era homem. Aproveitando o embalo disse: Os dois sempre serão homens, mesmo que um goste de mulher e o outro de homem, se ambos gostarem de homens, de mulher, sempre serão classificados como pertencentes ao sexo masculino.
Ela continuou: Mas notoriamente um é gay e o outro não, eu respondi, um é mais efeminado e o outro não, mas isso não modifica o fato deles serem machos. Eu não sou delicadinho e não sou hetero.  Ela então disse: “Poxa..., é verdade!? Você não parece gostar de meninos... Mas deve concordar que homos e heteros são diferentes.
Sim é verdade, respondi, mas se você for prestar bem atenção todos somos diferentes uns dos outros, até mesmo irmãos gêmeos têm as suas diferenças. Então começamos a tentar diferenciar alguns comportamentos entre homens gays e não gays.
Ela sobre os heteros
Eu sobre os homos
Não são carinhos
Muito carinhos, muitas vezes até melosos
No começo do namoro beijam com calma
No primeiro beijo já sai um chupão
Sexo só depois de uns dias de namoro
No mesmo dia se der rola motel
Machão dança todo duro
Se rasga na balada
Se alguém paquerar sua parceira rola briga
Simplesmente o parceiro da um beijão para o outro se tocar que o bofe tem dono
Quase sempre rola porrada nas baladas onde tem muito hetero
Difícil rolar briga
Não sabe combinar roupas
O visual é sempre impecável
Rir de maneira calma
Dá gargalhadas altas
Tem sempre algumas parceiras na historia sexual
Sempre tem muitos parceiros da história, às vezes já até perdeu a conta há muito tempo
Sempre cheio de preconceitos
Um olhar muito menos preconceituoso
Maior dificuldade de expressar sentimentos
Maior capacidade de expressar seus sentimentos
Não admitem sofrer chorar por amor
Choram a vontade, mostram sua dor
 Claro que isso não é algo imutável, e tem muita gente por aí que vai apresentar algumas dessas características porem não faz parte do universo homo ou hetero de nossa lista, também evidente que ela poderia ser ampliada.  Abraços a todos fiquem com Deus até a próxima. Ged e Iza valeu pelos sorrisos e companhia do almoço, muito bom ter conversado com vocês.

08 abril 2011

Wellington Menezes de Oliveira e Sociedade Geradora de Violência (Bulyng)


Nunca saberemos os reais motivos que motivaram Wellington Menezes de Oliveira, assassino da escola do Realengo no RJ, não quero aqui justificar a barbaria cometida por esse jovem, que de meu ponto de vista já estava morto há muito tempo, até porque também não se pode julgar uma mente doentia, anormal em relação à maioria das pessoas.
Tudo que tenho lido e ouvido sobre o tipo de perfil de Wellington são pessoas que tinha notas boas nas escolas, calados, depressivos, suicidas e muitos deles sofreram algum tipo de bulyng, viam no tipo de agressão que cometiam algum tipo de revanche ao que anteriormente teriam sofrido nos locais onde cometeram suas ações assassinas.
 É evidente que há anomalias que não podemos controlar, porém somos culpados por muitas que deixamos acontecer no dia-a-dia. Próximo de onde moro vejo alguns garotos pré-adolescentes tentando menosprezar outro por ser efeminado, tento conversar e fazer com que eles se respeitem, quando os vejo com brincadeiras agressivas uns com os outros faço o mesmo falando que aquilo machuca, se é um sobrinho envolvido não ajo de forma diferente, todos pertencem a uma mesma sociedade e ninguém é melhor que ninguém só porque é meu parente ou amigo.
Fico me perguntando como alguns adultos não têm capacidade de fazer o mesmo, certa vez vi em jornal na TV mãe estimulando e ajudando sua filha a agredir outra moça de idade próxima. Que tipo de formação uma jovem como essa vai ter? Que se deve revolver tudo na pancadaria? Ouvi pais educando seus filhos agredirem outras crianças na escola se alguém o lhe agredir. Será que ele é incapaz de educar seu filho a buscar outra forma de resolver o problema? Certa vez uma educadora comentou: “quando a criançada que foi agredida nem ligo, digo é assim mesmo”. Que tipo de educação ela pensa está dando? Que a vida é para bater ou apanhar?
Fiquei impressionado ao ver cenas do Rio, quando populares queriam invadir a escola para espancar o suicida, ou seja, ele cometeu um ato covarde e doentio, logo isso da direito de da sociedade ali em volta tornar um ser assassino tal qual ele? Ele usou armas a população ponta pés, porretes...? Agimos igual e pronto, está tudo justificado? Que tipo de sociedade nós somos? Para onde encaminhamos essa sociedade? Que queremos dela?
Na terça aqui por Manaus um jovem assassinou a mãe e o irmão deixando ferido o pai, talvez pela não aceitação de sua sexualidade pela parte da família, também era aparentemente um jovem calmo. Até onde o desrespeito ao outro pode levar alguém?
Como muitos nesse país, chorei por esses jovens adolescentes, não consegui ter raiva do assassino, mas pena por ele ter tido uma vida tão miserável, tão infeliz, mas na realidade nem sei se ele era infeliz uma vez que a cabeça dele não funcionava como uma mente sã. Sei que não devemos aceitar os erros da sociedade que percebemos no cotidiano, tão pouco os incentivar. Volto a dizer: Bulyng parece ser comuns a todos esses agressores, é hora de combatê-lo com mias força e isso cabe muito aos educadores, ao estado capacitando nossas escolas com profissionais competentes e, claro, ajuda fundamental da família.

05 abril 2011

Homofobia no Esporte (volei)

“Após ser alvo de preconceito em Minas Gerais, o atleta Michael, do Vôlei Futuro, assumiu ontem ser homossexual. "Sou gay, mas isso não precisa ser comentado. “Todo mundo aqui sabe", disse ao Globo Esporte. Na semifinal contra o Cruzeiro, na sexta-feira, em Contagem, o atleta foi chamado de "veado" e "bicha" pela torcida toda vez que participava do jogo. “O árbitro não relatou o caso na súmula”.
Não sei se você é do tipo que se alegra quando alguém tem consciência de si, que não é como muitos que ficam sobre o muro ou se escondendo atrás de uma mulher. Infelizmente não convivemos em uma sociedade que sabe lhe dar com o diferente, talvez por pura preguiça de aprender sobre essas diferenças e respeitá-la.
Infelizmente existem pessoas como as que agrediram Michel, fico pensando se foi uma tentativa de tirar a concentração do atleta, uma brincadeira idiota ou um ato claro de homofobia. Eram muitas pessoas chegando Michel, será que próximo a eles não há nenhum gay? Ou será simplesmente um bando de alienados tapados que não percebem nada ao redor? Será que esse esporte deve ser praticado só por heteros? Será que alem de sermos menosprezados por idéias preestabelecidas por uma sociedade preconceituosa devemos não ter nenhuma pratica esportiva?
Certa vez uma senhora disse em uma clinica oftalmológica ao ver um rapaz efeminado: Queria que todos os gays desse mundo morressem!  Como eu conhecia o médico, que também era o da senhora “gentil”, bem como o namorado dele disse a ela: Senhora, de me perdoe pelo que vou dizer, deixe suas ideais explicitas com um tom menor de voz, o namorado dele está sentado aí na frente e acabou de olhar-la com uma cara de desprezo.
Ela meio alcoviteira começou a perguntar se o medico era gay mesmo e ainda acrescentou: “Gente ele é tão bonito! e foi quem fez a cirurgia no meu olho... é um médico tão bom, tão competente... é tão bonito... Então lhe disse: Senhora se todos os gays do mundo morressem, nesse exato momento, certamente muita gente competente também morreria como médicos, professores, jogadores de futebol, pais de família...
Não sei se ela atendeu a mensagem, chamaram meu nome para ser atendido, o rapaz que estava ao lado dela, seu filho, me olhava o tempo todo que conversava com os olhos brilhando, evidente que não comentei. Gays fazem qualquer outra coisa inventada pelo homem e estão em todas as partes da sociedade, inclusive em todos os esportes.
Outra a experiência tosca que tenho para contar é de certa vez alguém ao meu lado, gritar para um homossexual, que corria na rua, chamando-o de menina, com toda delicadeza que mamãe me deu perguntei ironizando: Cara, mas ela tem cara de homem, você já meteu a mão dentro da caixinha dela pra saber se é mulher mesmo!?
Que babaquice é essa para classificar o outro por ter uma sexualidade diferente, da sua, como palavrinhas idiotas? Que tipo de torcedor não sabe respeitar? Não sabe conviver com o diferente? Como deveríamos lhes classificar?
Parabéns a Michel e a Vôlei futuro! Agora sou dessa torcida!