07 junho 2011

Gay e infância

De minhas lembranças mais distantes que reporto sobre minha sexualidade, lembro que era apaixonado pelo amigo de um irmão mais velho, considerava aquele rapaz lindo e perfeito, a ponto de tê-lo concretamente em meus sonhos.
Já ouvia falar sobre gays na época, no colégio morria de medo da turminha do futebol a qual tinham mania de chamar quem não gostava do mesmo de veado, bicha, fresco... Eu me obrigava a jogar futebol, esporte que nunca gostei de praticar, só para provar aos demais que não era diferente deles.
Era muito duro ver a minha família condenando o comportamento gay, pensava com meus botões, jamais vou querer isso para minha vida! Hoje adulto, e como também não sou “cego”, percebo em muitas crianças certo estereotipo, evidente, isso não garante que eles serão ou não homos no futuro. Ainda existem crianças perseguindo outras por causa de diferenças no comportamento. Isso, o menino e a menina, aprendem com os mais velhos que continuam educando mal ao respeito da convivência com a diversidade.
Pior de tudo isso quando há familiares ofendendo um de seus membros por serem diferentes, como as coisas podem ser ainda piores, cito que o que é incompreensivo de meu ponto de vista, quando mães agridem seus filhos ao apresentarem um comportamento tendencioso na infância, aquela que naturalmente deveria proteger sua cria de qualquer ameaça, agride impiedosamente.
Tudo o que temos como padrão de “correto” na sociedade, fomos nós que preestabelecemos. A criança que apresenta um comportamento que não responde o da maioria não é pior que ninguém, ela é fruto da criação de Deus, tal qual qualquer um, é humano, por isso merece todo respeito e dignidade, assim como todos devem ter. Espancar como manda certo político, retardado mental, só vai fazer seu filho tentar negar aquilo que ele poderá ser. Certamente ele irá viver uma vida clandestina sujeita a todo tipo de perigo, aí o futuro dele poderá ser cruel.
Os melhores e maiores valores que seu filho deve ter é dignidade, respeito, bom caráter, honestidade... isso sim é valor e bom de cultivarmos em nossos filhos e não o medo de ser aquilo que ele é ou poderá ser.

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