16 fevereiro 2010

Profissionais? Do que mesmo?

Nesta segunda de carnaval um colega profissional de psicologia me disse que uma mãe pediu a ele para bater um papo com seu filho de 15 anos de idade. Motivo: O Adolescente foi manda de volta a sua casa. Ao ser indagado pela mãe porque voltou àquela hora disse que tinha sido mandada de volta por ter sido flagrada namorando, ela retrucou dizendo que isso era normal, então ele disse que era com um menino. Claro que isso pirou a cabeça da mãe que pediu ao psicólogo para conversar com o adolesceste.
Não achei que o ato da mãe e da família seria outro, são de formação protestante, acham que isso é coisa do ante-Deus, mas fiquei com uma interrogação imensa sobre o tratamento que essa escola teve com o adolescente? Que tipo de educadores existe lá? Que formação acadêmica esses “profissionais” tem? Que eles queriam mandando o garoto de voltar pra casa? Será que pensavam que isso ia mudar a sexualidade do garoto? Será?
Creio que eu não seria um educador como esses desta escola, não porque eu seja homo e veria o lado do abducente e o defenderia, mas porque é óbvio, claro evidente, esse garoto está em uma fase de experiências, de decisão, de questionamentos... Que tipo de formação teve essa pedagoga, diretora?
Sugiro a esses educadores (as) ler bastante sobre os assuntos: Adolescência e Homossexualidade, ou então voltar à faculdade. A essa mãe digo que se realmente essa rapazinho for homossexual não será papo com psicólogo, bordoada ou qualquer coisa do gênero que ira mudá-lo, Jesus Cristo veio mundo falou muita coisa boa, muitas mesmo, e eu o amo de verdade por seus ensinamentos, ensinamentos estes que não dizem nada sobre homossexualidade. Senhora, independente da sexualidade de seu filho eduque-o para que possa ser um dia um homem de boa índole, defensor da vida, da verdade, dom bem coletivo...
Assim a senhora poderá dizer um dia: FORMEI UM HOMEM DE VERDADE!

2 comentários:

  1. lembrei da historia daquela Geise
    da faculdade, esse garoto sofreu um preconceito parecido. Assim como os universitarios nao souberam lidar com o diferencial da moça a menosprezaram e ridicularizaram a direçao dessa escola tabém nao soube lidar com o caso do garoto
    Agora esse fato põe em xeque diversos fatores na educação, primeiro e o mais gritante é a homofobia, o garoto voltou pois ficou subentendido que ele é homo, segundo a falta de preparo e conhecimento da pedagoga pois nao soube lidar com um caso diferenteque envolve a sexualidade do adolescente. Nós formados em licenciatura na faculdade cursamos uma disciplina chamada psicologia da educação onde são abordados, nessa disciplina, os diversos tipos de comportamento da criança e do adolescente será que essa pedagoga faltou as aulas ou comprou o diploma dela, um caso desse ela deveria orientar, conversar com o aluno fazer com que ele se sentisse entendido, compreendido e não humilhado ou inferior as outras pessoas pois, pode ser apenas uma fase de descoberta da sexualidade dele. O diálogo seria o melhor caminho mais, ele foi vitima de preconceito. O preconceito da direção escolar falou mais alto que a sua formação. Infelizmente ainda temos escola que não são formadoras de opinião e muito menos de conhecimento, nossas escolas são meras repetidoras da moral medíocre de uma sociedade decadente em que infelizmente estamos vivendo.

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  2. estamos em tempo de lassidão, desgaste de valores e a história fazendo uma curva no tempo, daí, portanto, a censura - mesmo que incorreta politicamente - reflete uma ruptura e lacuna, mas afinal de que com quem?
    seriam as escolas o principal instrumento de contrução duma sociedade?
    os agentes que formam uma opinião e auxiliam a busca identitário dum indivíduo - no Brasil, em particular - estão realmente pondo em debate e se questionando quais são os valores que estão envolvidos na descoberta da sexualida? haveria ainda tempo para essa discussão - em pleno séx 21?
    o preconceito, certamente, começa sempre na via doméstica, quase sempre como dizem os lacanianos, nas palavras mudas...
    a melhor forma, ao meu, ver é a naturalidade, e o resto faz parte das conquistas...
    no entanto, me estranha e angustia, o fato de tentarmos sempre< ou quase > replicar conceitos do "sistema establecido"; nisso incluem-se os papéis sociais e as próprias conquistas civis (males necessários, porém...
    um forte abraço e espalhe a palabra!!!yo, daemonk

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