26 junho 2011

Amizade entre Homos e Heteros, é possível?

Há muita gente que não acredita na possibilidade de um heterossexual ser amigo de um homo, não sei o que os leva a pensar de tal forma, tenho três amigos de alguns anos que são heteros, nos damos muito bem, saímos juntos, viajamos, sempre que dá nos reunimos na casa de um ou de outro para por o papo em dia, todos conhecem meu namorado e suas respectivas esposas e namorada também.
Conversamos sobre tudo, creio que talvez seja essa a diferença de muitos que afirmam não acreditar na possibilidade de amizade entre um hetero e um homo, há grupos de pessoas que não tem o que dizer, aí fica em papos limitados de grupinhos, fechando a possibilidade de uma boa discussão, no final se acaba ouvido de uma das partes: herero só fala disso ou gay daquilo. Os horizontes não são ampliados.
No que diz respeito à possibilidade e se apaixonar um pelo outro digo que cada macaco deve ficar no seu galho. Homo que é homo sabe diferenciar gay e não gays, o barato da coisa é não misturar as estações. Certa vez uma garota me disse que mesmo sabendo que eu sou gay gostaria de ter algo comigo, simplesmente me voltei a ela e disse que alguma coisa nela não estava em sintonia, saber qual minha sexualidade não se volta para o sexo oposto e querer algo comigo.
Creio que até possam existir equívocos no campo do sentimento, porem quando se sabe da sexualidade do outro e se deixar envolver por sentimentos alem da amizade é um tanto complicado, é de algum modo ingenuidade e infantilidade na área da afetividade, talvez seja algo muito pessoal.
Creio que amizade pode ser vivida entre quaisquer pessoas que se dispõe a vive - lá, não é algo que tenha haver com sexo, cor, idade ou qualquer outra coisa. Viva a AMIZADE!

07 junho 2011

Gay e infância

De minhas lembranças mais distantes que reporto sobre minha sexualidade, lembro que era apaixonado pelo amigo de um irmão mais velho, considerava aquele rapaz lindo e perfeito, a ponto de tê-lo concretamente em meus sonhos.
Já ouvia falar sobre gays na época, no colégio morria de medo da turminha do futebol a qual tinham mania de chamar quem não gostava do mesmo de veado, bicha, fresco... Eu me obrigava a jogar futebol, esporte que nunca gostei de praticar, só para provar aos demais que não era diferente deles.
Era muito duro ver a minha família condenando o comportamento gay, pensava com meus botões, jamais vou querer isso para minha vida! Hoje adulto, e como também não sou “cego”, percebo em muitas crianças certo estereotipo, evidente, isso não garante que eles serão ou não homos no futuro. Ainda existem crianças perseguindo outras por causa de diferenças no comportamento. Isso, o menino e a menina, aprendem com os mais velhos que continuam educando mal ao respeito da convivência com a diversidade.
Pior de tudo isso quando há familiares ofendendo um de seus membros por serem diferentes, como as coisas podem ser ainda piores, cito que o que é incompreensivo de meu ponto de vista, quando mães agridem seus filhos ao apresentarem um comportamento tendencioso na infância, aquela que naturalmente deveria proteger sua cria de qualquer ameaça, agride impiedosamente.
Tudo o que temos como padrão de “correto” na sociedade, fomos nós que preestabelecemos. A criança que apresenta um comportamento que não responde o da maioria não é pior que ninguém, ela é fruto da criação de Deus, tal qual qualquer um, é humano, por isso merece todo respeito e dignidade, assim como todos devem ter. Espancar como manda certo político, retardado mental, só vai fazer seu filho tentar negar aquilo que ele poderá ser. Certamente ele irá viver uma vida clandestina sujeita a todo tipo de perigo, aí o futuro dele poderá ser cruel.
Os melhores e maiores valores que seu filho deve ter é dignidade, respeito, bom caráter, honestidade... isso sim é valor e bom de cultivarmos em nossos filhos e não o medo de ser aquilo que ele é ou poderá ser.