29 março 2011

Namoro um Soropositivo

Enviado á meu email por leitor do Blog, gostei, bom de ler espero que gostem.
Eu não tenho HIV e meu namorado sim, quando descobri confesso que foi complicado, mas logo procurei informações sobre o assunto, ele me ajudou muito nesse processo de compreensão do HIV e tudo mais que vem com ele. O maior medo que ele tem por ser portador é o preconceito que muita gente ainda tem do portador.
 Eu o trato com naturalidade, de igual para igual, claro que ele deve ter um controle maior com a saúde, tento ser apoio para ele nesse sentido, leio, faço pesquisa, cobro da instituição se for preciso sobre seus direitos etc.
Ele é um homem consciente, gosto de está em sua companhia, percebo-o como mais um cidadão na sociedade. Nesse processo de aprender a lhe dá com alguém que vive com o HIV aprendi muito e tento contribuir, ele sempre comenta comigo sobre pessoas se põem na sociedade como vitima por ter o vírus, e pior ainda são aquelas que discriminam outras pessoas por não ter.
Não consigo entender como alguém que sofre com algo deste tipo (preconceito) é capaz de usar da mesma agressão com outros que lhe cerca. Não entendo para que vitimizar-se, não se inserir na sociedade como outro qualquer. Não entendo porque muitos entram em seus “casulos” para discutir seus problemas e com a participação de todos que está fora dele, afinal estamos todos em um mesmo planeta, uma mesma sociedade.
Se uma pessoas tenta levantar um elefante certamente não ira conseguir, mas com a ajuda de todos essa tarefa irá fica mais leve. 'Sempre acreditei em um mundo mais humano e igualitário, isso antes de eu ter AIDS', essas são palavras do meu namorado. Refleti nesse trecho do seu discurso em um diálogo nosso e vi que a gente precisa desconstruir  a idéia de lutar contra o preconceito sendo apenas eu a lutar, todos nós podemos de forma mais consciente trazer reflexões de assuntos emergenciais do dia-a-dia e um deles é o preconceito, hoje ele tem AIDS, amanhã ele pode não ter, mas nesse momento precisamos curar uma outra AIDS, essa outra é assustadora, ela não só mata quem vive como mata toda a sociedade, dei até um nome a ela AIDS partindo do préconceito, um termo meu, mas essa é a doença mais grave que temos que enfrentar, a exclusão social pela sorologia, vamos eu e ele ser incessantes já que sou consciente que não tenho AIDS no sangue, mas no coração estou infectado e vou morrer lutando contra o preconceito.

21 março 2011

Gay Namoro e Carência

Às vezes tenho saudades de meu tempo de criança, simplesmente por não se preocupar com algumas necessidades que aparecem quando crescemos, mesmo sabendo da capacidade humana, chego até duvidar daqueles que afirmam viver sem sexo. Um colega aproximou-se esses dias e comentou: “Estou precisando namorar”. Como sempre questionador comentei: “Será que você precisa mesmo de alguém?”. Ele então disse: “Estou necessitado”. Caiu então a ficha, sempre defendi a idéia que não precisamos necessariamente de alguém para ser felizes, mas isso não implica obviamente ha não tenhamos desejos. É bom beijar na boca, sentir um abraço gostoso, dormir com alguém do lado e vira e meche abraçar, ficar na famosa posição conchinha, sair juntos, viajar, muito melhor ainda com quem queremos bem e amamos.
Quando é troca de caricia por troca de caricia, ou sexo pelo sexo repercute em certo arrependimento interno onde a pessoa se diz: “Que merda eu fiz?”. Há aqueles que de tanto entrar em relações artificiais, ou vazias, que nem se importam mais com o que sentem, e sempre está a procura por alguém disponível por um sexo sem compromisso e no seu intimo diz:” Tenho que pegar alguém hoje”. Esses muitas vezes acordam no dia seguinte e perguntam a si próprios onde estão. Há quem passe por esse tipo de experiência que não quer nem saber de ficar, transa por transar, mas muitas vezes por carência caem novamente no mesmo tipo de relação. Há quem, a toda hora, pensa ter encontrado finalmente o príncipe encantado e está amando. Há quem diga que ninguém mais quer algo serio, que ninguém presta...

Enfim, melhor quando éramos crianças que não tínhamos esse desejo tão latente a carne. Mais importante que querer voltar ao estado de criança, e não se vai voltar mesmo, é tentar buscar a pessoa certa fora de ambientes onde sabemos não propícios para encontrá-las (não aconselho boite gay e nem salas de bate-papo de mesmo tipo). Deve-se buscar uma boa leitura, amigos com conteúdo, e não aqueles que estão sempre caçando desesperadamente. Não ficar lamentando por não ter alguém ali a seu lado, deixar a vida acontecer, não se preocupe tanto, Não saia pegando e se apegando a todos que você vê como um possível pretendente. Se não estiver estudando procure um curso que você gosta e volte às aulas. Procure curtir a vida de solteiro, mas sempre com prudência. Principalmente não volte a relações complicadas do passado só porque não está encontrando uma nova relação.

17 março 2011

Siglas do Mundo Gay

Esses dias “bati” um papo com um senhor, de 70 anos, é uma pessoa muito gente fina, reflexivo, inteligente, comedido, ponderado, experiente... Não havia conversado com um gay de tal idade, ele comentava como era ser gay em seu tempo de juventude.  Tempo vida clandestina, com muito preconceito e sofrimento segundo ele.
Uma das coisas que muito me chamaram atenção foi ele questionar tantas nomenclaturas para identificar a comunidade homossexual hoje. Eu também não compreendo, não entendo nem o porque classificar a sexualidade humana. Homossexual, bissexual e heterossexual, para que classificar? Talvez para as ciências como a medicina seja algo bom, mas no geral não acho nesessário, isso só gera conflitos devido à maioria pretender sobrepor-se a minoria.
Não faço parte de grupo institucionalizado de defesa gay, tento por aqui fazer minha parte, conheço algumas pessoas que estão dentro desses grupos e mencionam sempre grandes brigas entre grupos rivais, nem procuro saber o que significa tantas siglas atuais. Não creio que essas siglas ajudem muito na quebra do preconceito, uma vez que o preconceito deve ser quebrado com informação e aceitação do diferente.
As vezes mudanças  expressões como entro em óbito  no lugar morreu, deficiente visual em vez de cego, obeso  no lugar gordo...., isso para não agredir, mas  não vai mudar o fato das especificidades do que o a nomenclatura que dizer. Tudo vai continuar como é, penso o mesmo do preconceito, ele continua independente de nomes.
A história comprova que a miséria humana da intolerância é que leva a agressões. Mudar uma sigla, como técnica pode até ajudar na aceitação, mas também impede do individuo perceber sua pobreza em relação ao grupo que ele não aceita, não faz crescer de ponto de vista.
Homossexuais serão sempre homos, hetero e bissexuais, independente de nomes. Esse senhor não conhecia a sigla HSH, riu muito quando eu a expliquei, então ele comentou “Essa  sigla serve para veado não se acha veado?” eu não sei se é bem como ele define, não sei se ele está certo, mas continuo dizendo o que nos tira do preconceito é a aceitação e respeito com o diferente.
Quando os cristãos surgiram na humanidade, não foram vistos com bons olhos por muitos chefes religiosos judeus nem tão pouco pelo império romano, segundo a história, eles fazem parte da maior religião do mundo hoje, no geral não vemos preconceito a eles hoje sobre esse grupo religioso, ou seja preconceito quebrado quando chegou o respeito.
Será que não deveríamos erguer a cabeça e dizer somos assim e pronto?

02 março 2011

Gay e Carnaval

Carnaval chegando e algumas coisas não mudam, vamos ver nas ruas próximo onde acontece a festa de carnaval, muitas barracas de venda de churrasco, bebidas, muita gente gastando tudo o que tem, muita musica, alegria, distribuição de preservativo, gente burra fazendo balões de camisinhas ao invés de usá-la no local correto evangélicos tentando converter o povo pecador distribuindo folhetos que irão parar no chão e será pisado por muitos...
Quantos aos gays, nem se fala, a preparação já começou há muito tempo, os boys estão se acabando  nas academia para exibir seus músculos, os “mais serenos” estão arrumando suas fantasias pomposas, a meta é arrasar, abalar geral durante o carnaval.
Vão aqui algumas dicas: é sempre bom moderar na bebida, tentar se hidratar com bastante água durante os festejos, entre um dia e outro de folia procurar descansar muito, se alimentar melhor ainda, usar roupas leves....
Quem está em cidade homofóbica tente sair em grupos grandes de colegas ou amigos, se tiver serviço de atendimento a gays memorize o numero, os que saírem com o namorado não vá morrer de ciúmes se alguém ousar um pouco com ele, leve na brincadeira, não esqueça é carnaval, as pessoas abusam um pouco, se acontecer alguma briga perto do local onde está sai de perto, denuncie abusos a policia, juizado de menores, quem for viajar tenha cuidado em rodoviárias, portos, aeroportos é fundamental essa atenção nas estradas e no local aonde você vai ficar, principalmente se ele for desconhecido por você... Seja cidadão também durante o carnaval.